Entre Mitos e Verdades: a história do regime militar

A obra “Entre Mitos e Verdades” é um livro de apenas 67 páginas, o qual foi feito pelo Brasil Paralelo e como principais responsáveis pelo seu conteúdo os autores Henrique Zingano e Mariana Goelzer. No mais, ele é composto de um preâmbulo intitulado de “onde estávamos”, bem como de mais três capítulos, os quais respectivamente são: “Fato 1: A ameaça Comunista nunca existiu; Fato 2: O regime militar foi um golpe, pois não teve apoio popular; Fato 3: Os grupos guerrilheiros lutavam pela democracia”.


Nesse Sentido, pode-se afirmar que cada capítulo objetiva desmistificar os fatos que os nomeiam, uma vez que de forma bastante clara e sintética os autores espoem as verdades jamais contadas em salas de aulas ou nos fervorosos discursos de integrantes da esquerda brasileira.
Sendo assim, no capítulo 1 é descrito que houve grandes ameaças comunistas, as quais tinham como principal interesse a tomada de poder para se instaurar uma ditadura do proletariado no Brasil, e a partir de então expandir essa política ditatorial para os outros países sul-americanos.
No capítulo 2 é exposto que de fato houve um imensurável apoio popular ao regime militar. Vale ressaltar que tal concordância veio de todas as camadas sociais, ou seja, de “Parlamentares, importantes instâncias da Igreja Católica e dos principais jornais da imprensa brasileira”, isso desencadeou o movimento Marcha da Família com Deus, o qual fortaleceu o apoio popular, pois o regime conquistou mais adeptos, dentre os quais convém destacar os componentes eclesiásticos e várias entidades femininas descritas no livro.
Outrossim, o terceiro e último capítulo deixa comprovado através de fatos incontestáveis que os guerrilheiros de esquerda não lutavam pela democracia, haja vista que eles realmente queriam a implantação da ditadura do proletariado aos moldes da revolução da URSS. Além do mais, eles eram tenebrosos terroristas, que saiam do Brasil para países comunistas na intenção de se formarem como militantes armados e voltarem ao seu país para cometer ações terroristas contra civis e militares.
O livro é, sem sombra de dúvidas, um ótimo contraponto às histórias hegemônicas e parciais de viés esquerdista sobre o período do Regime Militar. Obras como essa merece total apreço do leitor, pois ela é capaz de desconstruir falsos discursos implantados no povo brasileiro por meio de uma agenda marxista cultural. Ainda bem que uma nova inteligência está surgindo e é por meio dela que desmitificaremos os mitos e conheceremos as verdades.
Autores: Henrique Zingano e Mariana Goelzer
Compartilhar Google Plus

Autor Wesley Prado

    Blogger Comment
    Facebook Comment

6 comentários:

  1. Wesley Prado, faltou dizer que a os autores, Mariana Goelzer é formada no Ensino Médio. E, o Henrique Zingano, não possui informações sobre sua formação acadêmica.

    Se tu entendesse melhor acerca de investigações pós-estruturalistas/pós-modernistas não escreveria que uma nova inteligência estaria surgindo para nos ajudar a conhecer as verdades.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, meu caro Carlos! O que tenho a dizer é que Sócrates, Platão e muitos outros que eu poderia citar não cursaram nenhum ensino básico e nem por isso foram menos inteligentes. O que quero expor com isso é que a inteligência humana não se resume a um histórico escolar ou a um diploma. Vale destacar também que existem pessoas autodidatas, indivíduos que se instruem por esforço próprio.

      No que se refere à inteligência citada no texto sugiro que leia o seu significado em um dicionário de filosofia. Pois dentre variados conceitos, a inteligência pode ser vista como processos pelos quais se constroem o conhecimento.

      Excluir
  2. Wesley Prado, além disso, percebi que no segundo capítulo, como versa os autores, uma maioria da população apoiou o regime militar. Contudo, segundo os mesmos autores, as eleições de 1965 elegeram os candidatos da oposição nos estados do RJ e MG. Não parece contraditório afirmar que havia grande apoio da população para o regime/ditadura, mas nas eleições quem ganhou, num dos estados mais populosos, eram os candidatos da oposição ao regime/ditadura?

    ResponderExcluir
  3. Carlos Schuttz, a história é feita de momentos. Não há contradição, são momentos diferentes. Ainda em 1964, o governo militar mexeu privilégios de com jornalistas, professores, escritores - uma das medidas, simplesmente, foi acabar com a isenção de impostos de renda - veja que absurdo e o resto do povo era quem pagava essa conta. O pessoal do Estadão tinha uma ação judicial para vincular as rendas das empresas as suas rendas pessoais, de forma a isentar todas elas. Advinha contra quem eles se voltaram? Mais ou menos o que vemos agora, com o corte de privilégios.
    De qualquer forma, apesar de momentos diferentes, professores - do nível de Sobral Pinto - publicaram um manifesto de apoio; intelectuais, como o imortal da ABL, Maurício de Medeiros, chegaram a sugerir a decretação de estado de sítio - veja, não foi nenhum general que pediu isso. Eugenio Gudin, foi outro que enalteceu a atitude das Forças Armadas. O apoio foi maciço, sim. A "Marcha da Vitória" reuniu, em um único evento, 1% da população do país - naquela época, sem internet, sem WhatsApp, só com pombo correio.
    Focando na sua pergunta: não é contraditório, apesar de serem momentos diferentes, mesmo em 1965 o RJ e MG não representavam a maioria do país, simples assim. Então, se falamos de maioria, falamos de grande apoio.
    Gostaria de falar sobre o contexto, os inúmeros problemas que levaram ao 31/03. A insegurança, as invasões, a escalada da violência, o racionamento de energia(os jornais publicavam diariamente um cronograma de falta de energia), a insatisfação popular e, principalmente, o ambiente da Guerra Fria, que fazia com que os comunistas buscassem ampliar suas bases e nenhum país seria melhor do que o Brasil, com fronteira a quase todos os países LA. E, sim, o surgimento da China como uma terceira força, pendendo a balança para o lado comunista. O assassino e torturador Che Guevara (cuja foto já vi enfeitar o peito de vários ingênuos que bradam contra a tortura - isso, sim, uma contradição), em 1965 já se encantava mais com a China do que com a Rússia.
    Bem, se tiver mais alguma pergunta, estou à disposição.
    Eu podia listar trocentos outras manifestações, mas sugiro que você procure conhecer por esforço próprio.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Iki Carvalho, é pertinente destacar, pois talvez tu não tenhas se dado conta, que a minha pergunta serve para problematizar. Ela não (re)quer uma resposta. Ela tem o intuito de questionar, duvidar.

      Um porcento da população do país girava em torno de 1 milhão de pessoas. Qual a força que mobiliza? Como se mobiliza 1% da população nessa época? Quem os mobiliza? Para quê os mobiliza?

      Guanabara e MG não representavam a maioria do país. Entretanto, se olharmos os dados das votações nesses estados, 1,5 milhões de pessoas votaram contra os candidatos do governo. Ou seja, nas urnas, em apenas 2 estados, temos mais pessoas contra o governo do que a favor. De fato, elas não representam a maioria, todavia elas servem como um indicativo para a dúvida, para o questionamento, para a problematização.

      De fato, não posso ignorar os momentos históricos. Contudo, devo ressaltar que estou fazendo uma crítica aos autores do livro que não levaram em consideração esses fatos. Além disso, não é estranho uma parcela ínfima da população (1%) sair na rua para a Marcha da Família com Deus? Que pelo título remete a um movimento ultra conservador. Fiz algumas perguntas no 2º parágrafo e se tem algo que serve como mobilizador é o dinheiro. Sugiro refletir sobre o poder do dinheiro. Para fazer 1 milhão de pessoas a sair para rua num movimento conservador. E, ao final de um período ditatorial constatar que a diferença entre os mais ricos e pobres cresceu são, indubitavelmente, fatos que simplesmente não podem ser deixados de lado. Devem ser motivo de intensas reflexões.

      Ademais, não busco por respostas. Busco por problemas, para problematizá-los e deixar meus interlocutores estupefatos com a inimaginável incerteza que nos acomete. Eu poderia tentar explicar-lhe a complexidade da singularidade humana e suas ações no meio social, porém, faço das suas as minhas palavras: "sugiro que você procure conhecer por esforço próprio".

      Excluir
  4. Os autores Henrique Zingano e Mariana Goelzer são comunistas!!!!!!!

    ResponderExcluir

Postagem mais recente Página inicial